quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Anoitecer

Sempre vem ao entardecer, esse sentimento que aperta e sufoca vem sempre ao entardecer. Conseqüências de uma alma fragilizada, de uma existência sensível. E justo comigo que vejo beleza nas coisas mais simples, como em passear pela rua, abrir a porta de casa, me achar deitado numa rede, percorrer as páginas de um bom livro. Parece que toda essa existência de partículas de felicidade encontradas no mais rotineiro movimento de repente se encontra ameaçada por um simples entardecer. Talvez entristecer ao anoitecer também seja belo. Talvez aí também haja aquela alegria das coisas simples. Quem sabe entristecer ao anoitecer seja justamente ser feliz, sentindo a vida pulsar nos mais distintos momentos.