sábado, 23 de abril de 2011
Boquitas Pintadas - Manuel Puig
A literatura hispano-americana é famosa por sua inovação no estilo de narrar. Quem já leu algo de Gabriel García Márquez, de Mario Vargas Llosa ou de Julio Cortázar sabe do que estou falando. No entanto, nenhuma narrativa até hoje me pareceu mais interessante do que a do argentino Manuel Puig em Boquitas Pintadas. Nesse romance a ausência do narrador é quase que total. Quase pode-se dizer que não há um narrador, o que há é um organizador que coloca em ordem uma série de gêneros da linguagem e que na sua totalidade compõe a obra e a tornam compreensível. Trata-se de cartas, de documentos de polícia, de documentos de hospitais, e de diálogos que não sofrem interferência alguma do narrador. O narrador não se intromete na estória, não emite opinião, não interfere em nada, apenas reúne uma série de informações que dão conta de mostrar uma estória de crime e paixão. Um experimento linguístico muito bem elaborado. Com Boquitas Pintadas Manuel Puig consegue mostrar uma maneira inteligente e interessante de se fazer literatura.
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5 comentários:
Bruno,
existe um filme argentino sobre esse livro e é bem interessante! Lógico que o livro é melhor, rs
bjs
Jussara
ando lendo muitos livros mais técnicos, sobre empreendedorismo, startups e tecnologia.
tenho intercalar e ler junto algum romance. gosto das suas dicas.
Valeu a dica, como sempre, acho que ando meio repetitivo...mas, que fazer ? :D
Boa semana !!
Verdad. Estou lendo Cién Años de Soledad, de Gabriel García Márquez e estou adorando.
Você demonstra ter bom gosto e sempre me deixa curiosa para ler, ler e ler mais um poquinho os livros que apresenta.
http://deboraeletras.blogspot.com
gostei da dica.
amo cortázar!
bjsmeus
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