domingo, 7 de dezembro de 2008

Receita

De repente você sente que está inspirado. Certamente influência das leituras que anda fazendo. E pensa que pode continuar aquela história que começou e que nunca conseguiu continuar por achar seu texto por demais pretensioso. De repente você se sente capaz. Se não capaz, pelo menos sente que pode esboçar alguma coisa e ver no que vai dar. Tenta encher-se de algo que não tem nome, ou que alguns diriam ser inspiração, outros talento, outros sabe-se lá o que, e despeja na folha branca toneladas de sensações adormecidas e possíveis. Seria isso ou há algo mais? Haveria algum segredo, desses que as mães passam para as filhas de geração em geração? Há alguma receita a ser seguida? Ou é apenas isso, palavras e mais palavras sobre espaços vazios?

2 comentários:

Jay Jay disse...

Demorei anos para perceber que umas linhas escrevinhadas numa folha de papel, não tinham que ser um soneto.
Que uns sons trauteados não tinham que ser uma sinfonia.
Que uma foto batida no momento, não precisa de ser digna da capa da “Vogue”
Que umas cores numa tela, não precisam de ser um Matisse.
Inspiração faz parte do processo. Depois junta-se o que se tiver disponível de talento. E, naturalmente algum tempo, porque se perdeste tempo com algo que verdadeiramente gostas, então Bruno, esse tempo não foi perdido.

Habituei-me a vir aqui ver-te. Mais ou menos 2 vezes por mês, surgia um novo texto ou ideia ou pensamento.
As semanas iam passando.
Surgiu “Receita”.
Feliz, leio, volto a ler. Contraponho.
Guardo o melhor para o final. Bruno voltou ás Letras.

Palco Das Flores disse...

Pois há literatos que dizem: que a palavra é labor... trabalho árduo como o carpinteiro e sua talhadeira.
Há aqueles que dizem não haver nada de novo sob o sol... que nada se cria, tudo se copia (porém de algum lugar a primeira escrita saiu)
E há os mais sensíveis...aqueles que as palavras jorram pelos poros, sensações e sentimentos e tem facilidade para colocar no papel tudo que sente ou pensa. Vá saber o que se passa na de um poeta e escritor...
então voltamos ao início receita, será que há?